BARBAS DE MOLHO
Justiça

BARBAS DE MOLHO



ZERO HORA 19 de setembro de 2013 | N° 17558

ARTIGOS

Paulo Vellinho*



Todos sabem que a autoridade e a disciplina são cláusulas pétreas em todos os níveis de gestão, na família, empresa privada, entidade associativa, nos três poderes que nos governam, municípios, Estados e nação, estabelecendo-se limites sem os quais cada um arbitra seus direitos e deveres.

Por exemplo, ao anistiar 418 bombeiros e sua chefia por terem invadido o seu quartel, quebrou-se a espinha dorsal do poder militar.

Prevaleceu o bom-mocismo que os demagogos e populistas adoram praticar.

Nunca vivi uma situação como a atual, quando se destroem os valores éticos e morais da sociedade, tendendo-a para o anarquismo: faz-se bondade e justiça com o dinheiro público e as consequências são o caos.

Demagogia, populismo e irresponsabilidade são palavras amadas por esses senhores.

Em nome da ideologia fracassada, buscam destruir a sociedade, desestabilizando-a social e economicamente e abrindo-se a porta para o estado de emergência e uma ditadura; cai então a máscara da falsa democracia que praticavam, pretendendo adotar os modelos cubanos e bolivarianos.

Certamente, não é isso que a maioria da sociedade brasileira deseja, pois, se assim fosse, a avidez da nova classe média pelo consumo não teria acontecido.

Como consequência, não tem mais espaço para uma sociedade que abrace a pobreza e a miséria em nome de modelos fracassados para então desenvolver-se.

Conforto e bem-estar são apanágios do Brasil de hoje e tenho certeza de que os dependentes do Bolsa Família, o que mais desejam é livrar-se da dependência do governo paternalista.

O novo poder que emana das redes sociais mostrou em junho passado a sua força, o que foi suficiente para que os poderes constitucionais se agilizassem, o Congresso, por exemplo, que “abriu seus armários” tirando deles “esqueletos” já mofados de tanto esperar pela aprovação.

Enganam-se os que pensam que remendos que estão sendo feitos vão cooptar os descontentes, pois a sociedade brasileira quer mudanças e não paliativos, o restabelecimento dos valores éticos e morais, única força capaz de acabar com os corruptores e corruptos, que com seus atos impunes dão péssimo exemplo para a sociedade saudável, encerrando-se o ciclo da impunidade.

Já convivi com “golpes de Estado”, Congresso fechado e a reação dos seus integrantes, alguns heroicos como Márcio Moreira Alves, que se comportou como Homem, enquanto outros buscavam acomodar-se de uma forma invertebrada para não perder o poder... e obviamente a remuneração.

Na minha opinião, os poderes nacionais, da área privada e da área pública, devem refletir sobre os acontecimentos de junho passado, fazendo um mea-culpa quando couber e então pôr suas “barbas de molho”, para evitar o pior.*EMPRESÁRIO



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