Advogado diz que jovem preso recebeu R$ 150 para fazer tumulto em protesto. Jonas Tadeu concedeu entrevista à TV Globo News no início da tarde desta quarta-feiraFoto: FÁBIO MOTTA/ / ESTADÃO CONTEÚDO
No início da tarde desta quarta-feira, o advogado Jonas Tadeu, que defende os suspeitos de terem manuseado o rojão que provocou a morte do cinegrafista da Bandeirantes Santiago Andrade, afirmou que os seus clientes recebem dinheiro para participar de manifestações.
Tadeu afirmou, em entrevista à TV Globo News, que Caio era sustentado com a ajuda dos pais, além de remuneração recebida por participar de manifestações.
— Ele [Caio Souza] foi aliciado a participar de manifestações e, para cada manifestação que ele participava, com o intuito de 'vamos fazer um quebra-quebra', você ganha R$ 150" — afirmou o advogado em entrevista à Globo News.
Além disso, Tadeu afirmou que Fábio Raposo, também preso por supostamente ter entregue o artefato a Caio, não exerceria a profissão de tatuador, alegada como sua fonte de renda. Conforme o advogado, eles teriam sido aliciados por outros manifestantes, subsidiados por órgãos que o defensor não quis identificar.
Andrade morreu na segunda-feira, após complicações devido a ferimentos provocados por um rojão que atingiu a cabeça dele em uma manifestação na última quinta-feira. Na manhã desta quarta-feira, ao ser preso, o estudante disse que não tinha um alvo específico e que não sabia que o objeto que estava acendendo era um rojão.
Caio foi preso em Feira de Santana, na Bahia, e levado ao Rio na manhã desta quarta-feira. O delegado Maurício Luciano, titular da 17ª Delegacia de Polícia (DP) do Rioafirmou não ter dúvidas de que foi ele o responsável por acender o rojão que feriu mortalmente o cinegrafista. Imagens obtidas pela Polícia Civil mostrariam o suspeito minutos antes do lançamento do artefato explosivo sem a camiseta no rosto. O depoimento de um fotógrafo também teria sido esclarecedor sobre a identidade do homem.
Em entrevista, suspeito admite ter acendido rojão que matou cinegrafista. Caio Silva de Souza ainda não prestou depoimento à políciaEm uma entrevista exclusiva à Rede Globo nesta quarta-feira, Caio Silva de Souza, 22 anos, admitiu que acendeu o rojão que atingiu o cinegrafista da Bandeirantes Santiago Andrade em uma manifestação na quinta-feira. Andrade morreu na segunda-feira. O jovem disse que não tinha um alvo específico e que não sabia que o objeto que estava acendendo era um rojão.
— Pensei que fosse um cabeção de nego — afirmou Caio, referindo-se a um artefato usado apenas para produzir barulho, mas sem poder destrutivo.
Ele também disse que estava com medo de ser morto por pessoas envolvidas na manifestação. Embora tenha concedido a entrevista, o suspeito afirmou que dará depoimento à polícia apenas em juízo.
Caio foi preso em Feira de Santana, na Bahia, e levado ao Rio na manhã desta quarta-feira. O delegado Maurício Luciano, titular da 17ª Delegacia de Polícia (DP) do Rio afirmou não ter dúvidas de que foi ele o responsável por acender o rojão que feriu mortalmente o cinegrafista. Imagens obtidas pela Polícia Civil mostrariam o suspeito minutos antes do lançamento do artefato explosivo sem a camiseta no rosto. O depoimento de um fotógrafo também teria sido esclarecedor sobre a identidade do homem.