VEREADOR CASSADO DEVIDO COMPRA DE VOTOS E USO DA MÁQUINA PÚBLICA
Justiça

VEREADOR CASSADO DEVIDO COMPRA DE VOTOS E USO DA MÁQUINA PÚBLICA


CORREIO DO POVO 13/08/2013 16:42

Com informações do repórter Voltaire Porto.

TRE cassa o mandato do vereador Cassio Trogildo. Parlamentar do PTB é suspeito de compra de votos e uso da máquina pública




Cassio Trogildo teve o mandato cassado pelo TRE
Crédito: Elson Sempé Pedroso / Câmara Municipal de Porto Alegre / CP


O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul cassou nesta terça o mandato do veradores Cassio Trogildo (PTB). O parlamentar estava na secretaria de Obras e Viação (Smov) da gestão passada do prefeito José Fortunati. Apesar de ter se licenciando para concorrer no pleito de 2012,Trogildo foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MP) em dezembro de 2012 por suspeita de compra de votos e de abuso da máquina administrativa.

O MP aponta que a Smov teria sido utilizada indevidamente em cinco oportunidades. No início de outubro de 2012, um áudio em que interlocutores supostamente ligados à administração municipal pediam votos a moradores do bairro Rubem Berta em troca de obras no local foi entregue ao promotor Mauro Rockenbach, que instaurou um procedimento para apurar as denúncias. As promessas, feita pelos cabos eleitorais durante uma reunião do Orçamento Participativo (OP) em setembro, foram cumpridas dois dias depois, quando máquinas começaram a asfaltar o local.

Segundo Rochembach, a secretaria foi utilizada com caráter eleitoral, uma vez que as obras das comunidades que apoiavam o candidato foram feitas com urgência, através de adendos nas atas do Orçamento Participativo, enquanto obras previstas há mais tempo foram deixadas para trás. Entre as demais irregularidades realizadas pela pasta, está o asfaltamento de um trecho de uma estrada, na zona Sul da Capital, que dá acesso a um terreno que também é de propriedade de Trogildo. Segundo o MP, esta obra não estava prevista no Orçamento Participativo.

Além disso, o órgão aponta que o vereador informou à Justiça Eleitoral que o terreno teria valor de R$ 400 mil, quando na realidade teria valor real de ao menos R$ 3 milhões. Outra denúncia é de que a Smov foi utilizada para realizar melhorias em uma propriedade privada, da massa falida da empresa Guerino, também no Rubem Berta.

Em dezembro, Trogildo divulgou nota dizendo ter sido pego de surpresa pela denúncia do MP. Na época, disse que iria recorrer de qualquer ação que colocasse em risco o mandato.




Fonte: Correio do Povo e Rádio Guaíba




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