Justiça
RACISMO FUTEBOL CLUBE
ZERO HORA 13 de março de 2014 | N° 17731
EDITORIAIS
O Esportivo de Bento Gonçalves será julgado nesta quinta-feira pelo Tribunal de Justiça Desportiva, por sua responsabilidade no caso de racismo que envolveu o árbitro Márcio Chagas. É inquestionável que o racismo merece todas as condenações e que precisa ser desestimulado tanto pela legislação quanto pela construção de uma cultura de convivência e diversidade. E o futebol, por ser um esporte de grande visibilidade, por reunir torcedores e atletas de variadas origens étnicas, se constitui em espaço adequado para o exercício da conscientização e da tolerância.
Hoje é o Esportivo que está no banco dos réus, tanto pelas ofensas dirigidas ao árbitro por alguns de seus torcedores quanto pela depredação do veículo do profissional que estava estacionado nas dependências do clube. Espera-se que os auditores do TJD apliquem uma punição adequada às infrações cometidas, sem transformar o clube da serra gaúcha em símbolo de execração. Não há condenação mais exemplar do que uma pena justa. Racismo se combate com justiça, e não com justiçamento.
Porém, independentemente do julgamento do Esportivo, é importante que os torcedores praticantes dos atos discriminatórios também sejam responsabilizados, até para desestimular resistências como a de outros frequentadores do futebol que insistem em continuar entoando cânticos agressivos e preconceituosos. Não é possível que esses indivíduos continuem achando normal e aceitável chamar alguém de macaco ou se referir a um grupo de pessoas por macacada. Precisamos evoluir no respeito ao outro, precisamos ser mais inteligentes e civilizados até mesmo nas provocações futebolísticas. Já não há mais lugar no campeonato da humanidade para o Racismo Futebol Clube e para as boçalidades de sua torcida.
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