Justiça
PARECER CONTRA O AUXÍLIO-MORADIA
05 de dezembro de 2012 | N° 17274
PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA
A suspensão dos pagamentos do auxílio-moradia aos magistrados com o nome de Parcela Autônoma de Equivalência foi pedida ontem pelo procurador-geral do Ministério Público de Contas, Geraldo da Camino. Em parecer a recursos da Procuradoria-Geral do Estado e do MPC, Da Camino opinou pela falta de base legal para pagamento da chamada PAE a magistrados gaúchos, por conta de uma equivalência com deputados federais que recebiam auxílio-moradia entre 1994 e 1998, antes da aprovação dos subsídios.
Como o Conselho Nacional de Justiça deu aval aos pagamentos, será difícil derrubar no Tribunal de Contas a tese da falta de base legal para os pagamentos. Da Camino apontou outro caminho aos conselheiros: o reconhecimento da prescrição. Se nenhum desses dois argumentos for considerado, o procurador pede que sejam recalculados os juros de mora. Além de sugerir a redução de 1% para 0,5% ao mês, o procurador sustenta que os juros deveriam ser calculados a partir de 2008, quando o Supremo Tribunal Federal reconheceu o direito de juízes federais receberem a parcela equivalente ao auxílio-moradia.
O imbróglio é antigo. Por medida administrativa, o Tribunal de Justiça do Estado estendeu aos magistrados (ativos e inativos) que estavam na folha entre 1994 e 1998 o pagamento que havia sido assegurado aos juízes federais. As parcelas começaram a ser pagas em fevereiro de 2010, com correção monetária (IGP-M) e juros de 1% ao mês, até agosto de 2001 e de 0,5% a partir de agosto de 2001.
Em março de 2010, o TJ calculava que o valor máximo a ser recebido por um desembargador era de R$ 821.722,78 por todo o período e o mínimo (juiz que ingressou em 1997) seria de R$ 51.877,75. No caso do desembargador, R$ 430.199,36, mais da metade, seriam referentes aos juros. O Imposto de Renda não incide sobre os juros. Estimava-se em R$ 600 milhões o gasto total com o pagamento da “PAE”. De lá para cá, os pagamentos foram feitos de acordo com a disponibilidade orçamentária, mas como a correção do saldo é mensal, não se sabe exatamente quanto ainda falta pagar.
loading...
-
Meio BilhÃo De Reais Em AuxÍlio-moradia Retroativo
Foto: Reprodução / Ver Descrição ZERO HORA 07/06/2016 - 03h01min Por: Débora Cademartori Judiciário. Em seis anos, juízes gaúchos já receberam mais de meio bilhão de reais em auxílio-moradia retroativo. Parcela Autônoma de Equivalência...
-
Tce FarÁ Nova InspeÇÃo Sobre AuxÍlio-moradia
ANTONIO PAZ/JC JORNAL DO COMERCIO 20/12/2012 Julgamento foi interrompido mais uma vez por pedido de vista Alexandre Leboutte Na última sessão antes do recesso, pleno não avançou na análise do benefício pago aos juízes Há mais de...
-
Tc-rs Analisa MÉrito Do AuxÍlio-moradia Retroativo Dos JuÍzes
JORNAL DO COMERCIO, 14/12/2012 Tribunal de Contas analisa mérito do auxílio-moradia . Benefício é pago de forma retroativa a cerca de 900 juízes no Estado Depois de mais de um ano analisando o pagamento de auxílio-moradia retroativo a cerca...
-
AuxÍlio-moradia: R$ 280 MilhÕes Irregulares E Procedimento Diverso
Cresce pressão contra benefício para juízes. Para Procuradoria, pelo menos R$ 280 milhões teriam origem irregular - CARLOS ROLLSING, zero hora 02/04/2012 Ganhou envergadura o debate sobre a possível ilegalidade no pagamento de auxílio-moradia aos...
-
AuxÍlio De R$ 600 MilhÕes: Relator FavorÁvel E Pedido De Vista Adiam DecisÃo Do Tce-rs
AUXÍLIO-MORADIA. Benefício a juízes seguirá sendo pago. Relator do TCE rejeitou suspensão, mas processo será avaliado em plenário - CARLOS ROLLSING, ZERO HORA 15/03/2012 Uma conta de R$ 600 milhões endereçada aos cofres públicos, criada por...
Justiça