Justiça
QUEM CRIMINALIZA?
ZERO HORA 15 de março de 2014 | N° 17733
EDITORIAIS
É desconcertante a defesa que a ex-deputada Luciana Genro faz dos jovens indiciados pela Polícia Civil por supostos delitos praticados durante manifestações de rua em Porto Alegre, no ano passado. Seu primeiro argumento, mesmo diante do inquérito policial encaminhado à Justiça com imagens e depoimentos sobre uma depredação fartamente documentada, é utilizar a surrada acusação de que estão tentando criminalizar os movimentos sociais.
Quem estaria fazendo isso? Seria a polícia do governo Tarso Genro? Ora, o governador teve o cuidado de receber lideranças dos movimentos e tem sido criticado pela passividade da Brigada Militar cada vez que ocorre uma manifestação de rua no Estado.
Quem criminaliza os movimentos sociais, todos sabem disso, são os vândalos que se infiltram nas manifestações e abusam da violência. Quem criminaliza as mobilizações de manifestantes bem-intencionados são aqueles que quebram vidraças, lançam artefatos explosivos, depredam veículos e se aproveitam da multidão para agredir e roubar.
Se os jovens indiciados pela polícia fazem parte desse grupo delinquente, caberá à Justiça dizer. Pode ser que alguns ou até mesmo que todos sejam inocentes. A investigação policial pode ter as suas falhas. Difícil de acreditar é que tenha motivação política, não apenas pela conhecida orientação do Executivo a respeito dos movimentos sociais, mas principalmente pela capacitação e pela idoneidade dos policiais que comandam a corporação. Além disso, sempre é bom lembrar que as investigações foram acompanhadas pelo Ministério Público e feitas com autorização judicial. Será que também essas instituições estariam criminalizando os grupos organizados que participam de manifestações?
Acreditamos que tanto o governador quanto a polícia estadual, o Ministério Público e o Judiciário têm a mesma visão em relação ao episódio, que pode ser resumida numa frase: sim aos movimentos sociais, não aos delinquentes.
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