Justiça
CONFLITO LATENTE
ZERO HORA 08 de fevereiro de 2014 | N° 17698
EDITORIAIS
É um equívoco insinuar que as violentas manifestações de rua que se repetem em algumas capitais são a extensão dos protestos de junho do ano passado, que em sua maioria reuniu brasileiros preocupados em expressar seus apelos de forma pacífica. Não há conexão possível entre aquelas e as atuais ações que atemorizam as cidades e invariavelmente reúnem vândalos, sem a menor preocupação com os danos de seus atos. Foi em decorrência dessa falta de limites que um cinegrafista da Rede Bandeirantes sofreu ferimentos graves, nesta semana, ao ser atingido por um rojão num protesto contra o aumento da passagem dos ônibus no Rio.
O caso é exemplar da ameaça de descontrole das manifestações e volta a acionar o temor nacional diante de ações predatórias disfarçadas de protestos. Há, nesse e em outros episódios, fortes indícios de que movimentos organizados como reação a problemas específicos – como os relacionados com o transporte público – se prestam à infiltração de radicais. O artefato que atingiu o jornalista, no momento em que este se dedicava à sua missão de informar, foi deliberadamente colocado num espaço urbano em que circulavam dezenas de pessoas. A contribuição de tais atos é apenas o aumento da insegurança nas capitais, sem qualquer outro resultado efetivo. A população, muito mais do que as autoridades escolhidas como alvo, é a grande vítima da agressividade.
Tensões provocadas por reivindicações justas não podem continuar servindo de abrigo ao radicalismo. Reconhecer as sérias deficiências do transporte público não significa transigir com quem sai às ruas com a única intenção de levar violência. Há nesse e em outros acontecimentos recentes uma advertência aos governos, para que as respostas contemplem, de imediato, a preservação da segurança de todos e também da imagem do Brasil, às vésperas de um evento com a dimensão da Copa do Mundo. O país espera que o Estado saiba oferecer respostas às reivindicações, sem deixar de identificar e tratar os vândalos como uma minoria de criminosos.
loading...
-
Desafio Às Autoridades
ZERO HORA 08 de março de 2016 | N° 18467 EDITORIAIS O recrudescimento das manifestações de rua representa um desafio para a manutenção da ordem pública por parte das autoridades responsáveis pela segurança. O confronto físico entre apoiadores...
-
O Legado Das Ruas
ZERO HORA 08 de junho de 2014 | N° 17822 EDITORIAL Um ano depois da eclosão dos protestos de rua que, a partir de junho do ano passado, mexeram com a vida do país em muitos aspectos, as mobilizações populares mudaram de perfil, enquanto os manifestantes...
-
Somos Todos Santiago
14/02/2014 21h16 O rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade atingiu cada um de nós. É preciso dar um “basta!” à escalada da intolerância e da violência nas manifestações de rua GUILHERME EVELIN E HELIO GUROVITZ, COM RAPHAEL GOMIDE...
-
No Rio, Ataque A Cinegrafista
ZERO HORA 08 de fevereiro de 2014 | N° 17698 No Rio, ataque a cinegrafista Na noite de quinta-feira, o cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, 49 anos, foi atingido por um artefato explosivo quando cobria um protesto organizado pelo Movimento Passe...
-
Boicote À Democracia
ZERO HORA 15 de junho de 2013 | N° 17463 EDITORIAIS O Brasil dormiu assustado na última quinta-feira devido às manifestações violentas em pelo menos cinco capitais, que resultaram em prédios depredados, veículos e equipamentos públicos incendiados,...
Justiça