Justiça
AVANÇO NA SEGURANÇA
EDITORIAL ZERO HORA 12/11/2011Com a instalação de uma unidade de Polícia Pacificadora na favela da Rocinha, o governo do Rio de Janeiro assinala mais uma vitória sobre a delinquência e o tráfico de drogas. Já é inegável que a fórmula encontrada pela administração fluminense está dando resultado e pode servir de modelo para outras unidades da federação. O Rio era, até pouco tempo, o símbolo da insegurança nacional. Está deixando de ser, graças a uma política pública que alia repressão ao crime, atenção às comunidades carentes e combate à corrupção policial. A ocupação da Rocinha soterra mais uma falsa verdade, a de que o Estado nunca conseguiria exercer integralmente seu poder numa das áreas mais conflagradas da cidade e onde um traficante, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, era considerado a maior autoridade.
O traficante foi preso esta semana exatamente porque se sentiu acossado pela presença do setor público. Na sequência, foram detidos seus comparsas, numa operação que deve esfacelar a estrutura criminosa que dominava a Rocinha havia pelo menos duas décadas. É a capacidade de intervenção do governo, acionada por uma determinação política eleita como prioritária, que começa a mudar o cenário nas favelas fluminenses. Foi assim quando da histórica ocupação da Favela do Alemão, no ano passado, e repete-se agora em outras áreas da cidade, não só com repressão, mas com a abertura de caminhos para a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora.
As UPPs são a face visível de uma deliberação de Estado, com repercussões em toda a comunidade, e não só com a prisão ou a pulverização das quadrilhas de traficantes. Com as unidades, o governo volta a marcar presença em territórios que haviam sido praticamente abandonados pela segurança e por outros serviços públicos. À repressão policial agregam-se também ações sociais e, o que é mais importante, a sensação de que as comunidades retomam a gestão de suas vidas.
O Rio Grande do Sul vem adotando, a partir de experiências na Capital, que começam a se estender ao Interior, política semelhante, com o RS na Paz, que reforça a presença de policiais militares e civis em regiões com os maiores índices de criminalidade. Os Territórios da Paz não dão ênfase à coação, como ocorre no Rio, quando da implantação das UPPs, e diferem da experiência fluminense em decorrência das peculiaridades de Porto Alegre. A capital gaúcha não enfrenta a violência dos morros do Rio, exercida pelo tráfico e pelas milícias, e dá prioridade a atividades que enfatizem o suporte das políticas de Estado.
É compreensível que a ação social apresente-se como prioridade. Mas também aqui o Estado deve se inspirar no que ocorre no Rio em relação à repressão, mesmo que nossas periferias não estejam sob a ameaça de sucumbir à delinquência. É preciso que as forças de segurança se imponham aos criminosos não só no que se refere às drogas, mas também à situação crônica representada por outras atividades ilegais, como os até agora intocáveis desmanches. A pacificação gaúcha deve, necessariamente, passar pelo combate ao crime, sem concessões.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Realmente, as políticas de enfrentamento são inoperante e só sacrificam o cidadão morador e comerciante local. As Unidades de policiamento comunitário dão mostra que são forças preventivas e de contenção necessárias para restabelecer o domínio do Estado em locais ocupados pelo crime. Entretanto é um erro acreditar que só estas forças mais ações sociais poderão preservar a ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio nestes locais. As provas estão nas UPP em andamento, onde o crime permanece ativo e o tráfico continua dando as cartas, oculto no submundo. É preciso muito mais. Para o sucesso deste estratégia, é preciso pagar salários justos aos policiais, e buscar o envolvimento e comprometimento do Poder Judiciário (aproximação da justiça e aplicação coativa das leis), do Congresso Nacional (segurança jurídica) e do Poder Executivo (amparo das forças policiais, saúde pública, educação e politica prisional digna, técnica e reinclusiva).
loading...
-
O Poder Do Traficante Acabou
ENTREVISTA. “O poder do traficante acabou”. Coronel Erir Ribeiro Costa Filho, comandante-geral da Polícia Militar do Rio - FRANCISCO AMORIM, zero hora 18/11/2011 Há quatro anos, depois de assumir a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro,...
-
Upp Da Rocinha É Um Marco
PACIFICAÇÃO. Coronel defende UPP da Rocinha como um marco. Milton Corrêa da Costa*, especial para o Blog Repórter de Crime - JORGE ANTÔNIO BARROS, O GLOBO, 12/11/2011 Assim como a ocupação do Complexo do Alemão e suas cercanias, pela união da...
-
PacificaÇÃo - Ainda Existe Trafico No Complexo Do AlemÃo
Ainda existe tráfico de drogas no Complexo do Alemão, diz general - Agência Brasil - CORREIO BRAZILIENSE, 08/08/2011 21:00
Rio de Janeiro - O general Carlos Sarmento, responsável por toda operação de segurança no Complexo do Alemão e no Complexo...
-
FacÇÕes Criminosas SÃo Retiradas Da Mangueira
GUERRA DO RIO - Operação tomou morro vizinho ao Estádio do Maracanã, palco da final da Copa de 2014 - HUMBERTO TREZZI, ZERO HORA 20/06/2011 A retomada do Morro da Mangueira promovida ontem por 750 PMs dos batalhões de Operações Policiais Especiais...
-
Upps - EstratÉgias Exitosas Como Modelo Para O Brasil
Êxito de novas ocupações no Rio reforça propostas de levar UPPs a outros estados - 07/02/2011 às 00h15m - Ana Claudia Costa, Jaílton de Carvalho e Lauro Neto RIO E BRASÍLIA - Depois do sucesso da operação no Complexo de São Carlos e nos morros...
Justiça