Justiça
ATJ: “Temos que colocar a culpa em alguém”
A Associação dos Técnicos Jurídicos do Poder Judiciário Catarinense, conhecida apenas como ATJ, já não sabe mais o que fazer. Sem rumos, sem direção, sem sonhos para vender, a mesma agora busca alguém para colocar a culpa face sua incapacidade. Ao terem vendido para a categoria o que não poderiam entregar eles agora buscam culpados para tentarem enganar mais uma vez os trabalhadores.
Lembro em 2013, dia 21 de março, quando viajava pelo estado a fim de mobilizar a categoria para a data-base daquele ano, estava em Campos Novos. Tínhamos começado a visitar algumas comarcas e não sei se com a finalidade de desmobilizar esta movimentação a ATJ publica a seguinte notícia com o título: “Parabéns TJAs”, dando a entender que o nível superior dos Técnicos, da mesma forma como dos Oficiais de Justiça, havia sido alcançado. Foto do colega Laércio com o Presidente Dutra e tudo mais. Pura mentira infelizmente.
O processo 455544-2012.9, que estava rodando já fazia algum tempo pelo TJ e que só aguardava a “eleição do SINJUSC” para ser implementado, não progrediu após dezembro de 2013. Na verdade até progrediu de forma inversa, isto é, começou a perder força. Da equiparação de nível superior o projeto diminuiu para 60% do ANM/7-A para os formados em Direito, para os formados em outras áreas compatíveis com cargos do TJ era de 40%, para os formados em áreas não afins de cargos do TJ seria de 20% e os não formados em 10%.
Ainda rumo ladeira abaixo o projeto acabou aprovado no Conselho de Gestão que foi encaminhado para a Assembleia Legislativa e ganhou o número 005/2015. Agora era 50% para quem era formado apenas em Direito. O projeto, então um farrapo de esboço daquilo que era, consumiria R$ 26 milhões (destes uma parte para Assessores), e a Diretoria da ATJ meio que se fazendo independente do projeto. Mas esquece esta Diretoria, formada por vários Diretores do SINJUSC, que foi a categoria em assembleia realizada em 29 de abril, com 4000 (quatro mil) trabalhadores que decidiu por ser contra o projeto. E por unanimidade.
Pergunto ao atual presidente da ATJ: qual a posição da ATJ sobre a decisão da categoria em ser contra o PLC 005/2015? É contrária? A Diretoria fez alguma reunião? Fez uma assembleia para decidir qual a posição da categoria dos Técnicos? Ou simplesmente busca em quem botar a culpa por sua incapacidade? Lembro aos colegas que o Sr. Laércio Raimundo Bianchi, ex-presidente da ATJ é seu atual Tesoureiro. Isto mesmo, o nosso Presidente do SINJUSC então votou contra o PLC 005/2015 na assembleia mas era favorável? A colega Lenita Peres, Diretora da ATJ e Conselheira Fiscal do SINJUSC também seria favorável ao PLC 005/2015 pelo SINJUSC, mas contrária na ATJ?
Senhor Presidente da ATJ, onde o senhor estava durante a nossa greve? Nos 47 (quarenta e sete) dias em que estivemos na frente do Tribunal de Justiça junto ao Fórum Central da Capital dando a “cara a tapa” onde o senhor ficou? É muito fácil buscar no outro a incompetência política pela venda de promessas incapazes de serem cumpridas.
A Associação dos Técnicos Jurídicos (na verdade Técnicos Judiciários Auxiliares) não teve sequer a capacidade política de retirar a denominação “auxiliar” do nosso cargo. Foi contra a greve que lutou pelo PCS2 no ano de 2012, publicando nota contrária a categoria e dizendo que o Plano já estava garantido, ou seja, esta associação sempre foi contrária as deliberações dos trabalhadores e continua sendo. Traveste-se de representatividade mas a quantos realmente representa? Quantos Técnicos Judiciários Auxiliares estão filiados à ATJ para que ela se diga real representante da categoria dos Técnicos?
Buscar culpados pela sua própria incompetência é a arma mais desleal que os covardes possuem. A categoria sabe quem esteve junto com ela na luta. A categoria conhece quem deu a “cara a tapa”. A categoria viu quem tentou desmotivar a greve na Capital. Quem mentiu dizendo que havia caído a greve em Lages e Chapecó. A busca da unidade não se faz achincalhando colegas e não mais aceitaremos passivos esta irracional atrocidade que se busca fazer na categoria. Unidade se faz dialogando, conversando e principalmente, respeitando as deliberações de nossa categoria em suas assembleias gerais.
Cláudio Del Prá Netto
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