Justiça
TROPA DE ELITO - ABIN REAGE A CONTROLE MILITAR
Abin reage a controle militar em carta a Dilma e rejeita ser ‘Tropa do Elito’. Funcionários da Agência Brasileira de Inteligência pedem encontro reservado no Planalto para protestar contra ações do general José Elito, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, e afirmam que são civis e devem estar ligados à Presidência - 07/02/2011, 23h 00 - Tânia Monteiro, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Sem saber exatamente o que a presidente Dilma Rousseff pretende fazer com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a chamada "comunidade de inteligência" entrou em choque com o general José Elito, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Desde a criação, em 1999, a Abin é subordinada ao GSI. O estopim da rebelião foi a exigência do general de que todos os relatórios do serviço de inteligência sejam submetidos previamente à sua análise.
A decisão do general de avaliar a possibilidade de acabar com o Departamento de Contraterrorismo (DCT), criado em 2008 na gestão Paulo Lacerda, aprofundou ainda mais a crise envolvendo a Segurança Institucional e a Associação dos Oficiais de Inteligência (Aofi).
A associação pediu audiência no Planalto para discutir a crise e foi recebida no dia 27 de janeiro por três funcionários da chefia do Gabinete da Presidência, o que deixou ainda mais irritado o general. Giles Azevedo, chefe de Gabinete da Presidência, não estava presente na reunião.
Carta. Em carta entregue à Presidência, a "comunidade de inteligência" pede que a Abin não tenha nem subordinação militar nem subordinação policial. Em evidente trocadilho com o filme Tropa de Elite, funcionários da Abin dizem que não querem ser da "Tropa de Elito".
A Aofi pede que a agência seja ligada diretamente à Presidência da República. "Solicitamos à Presidência um comando civil para a Abin uma vez que somos funcionários públicos civis, pertencentes a uma instituição civil", disse um oficial da associação. Ele pediu que a identidade fosse mantida em sigilo por ser agente que faz serviço de campo.
A equipe de transição da presidente chegou a estudar a desvinculação da Abin da Segurança Institucional, mas o trabalho ficou pela metade e até agora não há clareza sobre o que o novo governo quer da agência.
A associação dos oficiais de inteligência foi criada em 5 de novembro passado e serve de contraponto à Associação dos Servidores da Abin, composta principalmente por funcionário oriundos da "comunidade de informações", muitos com experiência no Serviço Nacional de Informações (SNI). A direção ainda é interina e aguarda a realização da primeira eleição.
‘Que se exploda’. A possibilidade de acabar com o Departamento de Contraterrorismo foi considerada uma ideia "despropositada" pelos oficias da inteligência. Avisado de que não poderia acabar com o departamento porque o Brasil é signatário de tratados internacionais coordenados pelas Nações Unidas, o general, conforme relatos feitos ao Estado, desabafou: "Quero que a ONU se exploda".
O confronto entre o general Elito e os funcionários da Abin começou logo nas primeiras reuniões depois da posse, no dia 5 de janeiro, quando ele avisou que a principal reivindicação da categoria - a desvinculação da Abin do GSI - só aconteceria "se ele saísse do cargo".
A possibilidade de tirar a Abin é vista pelo general como um ato de esvaziamento do GSI, reduzindo seu trabalho à segurança presidencial, como era no antigo Gabinete Militar.
Na sequência das primeiras reuniões, o general exigiu que os relatórios do serviço de inteligência passem pelo seu crivo e tenham um espaço para observações do chefe do GSI, antes de irem para o Sisbin, o Sistema Brasileiro de Inteligência.
A iniciativa foi considerada "centralizadora" e "inadequada" porque a doutrina de inteligência exige que os relatórios sejam imparciais e isentos de qualquer opinião. Além do clima beligerante com a Abin, o general começou estreando no comando do GSI criando uma saia justa para o governo Dilma.
Desaparecidos. No dia da posse, Elito, que comandou a Força de Paz da ONU no Haiti (Minustah), afirmou que os desaparecidos políticos não deveriam ser motivo de vergonha para o Brasil. O general foi chamado por Dilma para se explicar, mas não foi repreendido publicamente. Disse que foi mal interpretado.
loading...
-
Espionar NÃo É Pecado, Ruim É Ser Descoberto
FOLHA.COM 04/11/2013 - 12h05 Análise: Brasil espionar não é pecado, ruim é ser descoberto RICARDO BONALUME NETO DE SÃO PAULO Países não têm amigos, apenas interesses. Essa clássica definição foi usada por muitos líderes políticos ao...
-
Espionagem No Porto
REVISTA VEJA, 15/06/2013 - 14:39 Disfarçados de portuários, quatro agentes da Abin - o serviço secreto do governo - foram presos sob suspeita de bisbilhotar a vida do governador Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência da República Hugo Marques...
-
InteligÊncia EstratÉgica
Curso Superior de Inteligência Estratégica/2013 No dia 11 de março, em prosseguimento ao início das atividades de ensino do ano de 2013, a Escola Superior de Guerra (ESG) recepcionou os Estagiários do Curso Superior de Inteligência...
-
PacificaÇÃo - ExÉrcito Troca O Comando No AlemÃo
Exército troca comando de Força de Pacificação no Alemão. DA AGÊNCIA BRASIL - FOLHA.COM, 07/11/2011 - 14h42 O Exército trocou nesta segunda o comando e o contingente da Força de Pacificação dos Complexos do Alemão e da Penha, que atua nessas...
-
Direitos Humanos - A Ministra Das Trombadas
Ao comprar briga com a Igreja, militares e ruralistas, a secretária nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, dá ao cargo uma dimensão que ele jamais teve. Hugo Marques - Revista Isto É, N° Edição: 2155 | 25.Fev.11 - 21:00 | Atualizado...
Justiça