O ÔNUS E O BÔNUS OU DO MEU CUIDO EU
Justiça

O ÔNUS E O BÔNUS OU DO MEU CUIDO EU




 

ZERO HORA 03 de outubro de 2014 | N° 17941


ARTIGO


FERNANDO DE OLIVEIRA SOUZA



Não é exatamente a mesma grafia do “entre aspas” como está na reportagem de ZH sobre os protestos contra a homofobia em São Paulo provocadas pelas declarações do candidato à Presidência de República Levy Fidelix. Também omiti os refrões dos manifestantes no mesmo ato, tudo devido ao meu DNA (data de nascimento antiga).

Explico: na minha fase de adolescente, a palavra “menstruação”, por exemplo, era proibida e, para comprarmos preservativos na farmácia, sorteávamos e o perdedor ia “para o sacrifício”.

Hoje, as coisas estão diferentes e as pessoas, via de regra, podem se manifestar e dizer o que pensam, sem restrições. Os que se sentirem ofendidos, usem as vias apropriadas para sua reparação.

Isto é democracia, graças a Deus. Só quem passou pelos anos de chumbo pode avaliar a diferença. Quem não passou, ouça a música O Bêbado e a Equilibrista, do genial João Bosco, para sentir o clima existente na época.

Então fica assim: estamos num país livre, o candidato fala o que pensa, os atingidos protestam também falando o que querem e fica tudo certo. Neste sentido, deu uma demonstração meritória o Tribunal de Justiça Desportiva no julgamento do atleta Emerson Sheik, que, numa partida do campeonato brasileiro de futebol, tinha feito críticas à confederação. Foi absolvido, levando em conta que as pessoas têm o livre direito de se manifestar.

Isto é democracia, graças a Deus. Os candidatos representam o povo e, se há corruptos, eles vêm do povo, se há “analfabetos” como o ex-palhaço e deputado, é porque temos também muita gente assim. Agora, a democracia é a única e eficaz vacina contra a tirania, porque ninguém faz o que quer, existem argumentos e contra-argumentos e negociações para todos os lados. Também a única e eficaz maneira de melhorar o nível dos nossos representantes no Congresso é melhorar o nível da população, em todos os seus aspectos.

Para concluir, uso a frase do referido deputado, “melhor escrever errado a coisa certa do que escrever certo a coisa errada”, para dizer melhor mesmo é escrever certo a coisa certa.

Boa votação a todos.

Médico e professor universitário



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