O CIDADÃO DESRESPEITADO
Justiça

O CIDADÃO DESRESPEITADO


ZERO HORA 20 de fevereiro de 2013 | N° 17349

EDITORIAIS

Numa evidente burla à legislação, que exige comunicação prévia de paralisações em serviços essenciais, além da manutenção de trabalhadores suficientes para o atendimento de necessidades inadiáveis da população, um grupo de rodoviários causou enorme transtorno aos porto-alegrenses ontem, por conta de uma disputa sindical mal resolvida. Em protesto à decisão do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Passageiros de Porto Alegre, que aceitou um reajuste salarial contestado por parte da categoria, motoristas de ônibus realizaram uma operação tartaruga, conduzindo os veículos a menos de 30 km/h e provocando engarrafamentos em várias artérias da cidade. Em consequência, milhares de pessoas atrasaram-se para seus compromissos e o trânsito da Capital virou um caos. Surpreendidos, os agentes de trânsito demoraram a interferir e, quando o fizeram, já estava instaurado um verdadeiro nó cego, impossível de ser desatado em pouco tempo.

Sob qualquer ângulo que se olhe para esse episódio, é inaceitável que os usuários do transporte coletivo sejam os maiores prejudicados, pois já pagam uma das tarifas mais caras do país, que inclusive está sendo investigada pelo Ministério Público de Contas. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPCT) anuncia que, depois de analisar as câmeras de segurança, vai multar as empresas responsáveis pelos ônibus que descumpriram a tabela horária e perturbaram o trânsito. É uma providência tardia e insuficiente.

O que se espera do poder público, em momentos de perturbação da ordem pública, é que aja com celeridade e garanta a normalidade. Ontem, alguns passageiros revoltados com a situação chegaram a quebrar janelas de um dos veículos – o que também não se justifica. Mas a pior consequência é a sensação de que a população corre o risco de ficar refém de manifestações ilegais enquanto as autoridades, com representação para defendê-la, reagem com lentidão de tartaruga, para ficarmos com o bicho símbolo do movimento – ou melhor, da inércia.



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