CLUBE MILITAR DIVULGARÁ LISTA DE AGENTES QUE FORAM MORTOS
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CLUBE MILITAR DIVULGARÁ LISTA DE AGENTES QUE FORAM MORTOS




ZERO HORA 11 de dezembro de 2014 | N° 18010


Clube Militar divulgará lista de agentes que foram mortos. Em reação às conclusões da Comissão Nacional da Verdade, o Clube Militar prepara para hoje a divulgação de uma lista com cerca de 120 nomes de militares, policiais e civis mortos em ações da luta armada contra a ditadura militar (1964-1985).

Segundo o presidente do clube, o general Gilberto Pimentel, o relatório da comissão, é um “equívoco muito grande”.

– Vamos divulgar a relação dos nossos mortos. Não temos aqui intenção de desrespeito ou desejo de volta ao passado. Agora, se querem restabelecer a verdade, é preciso contar toda a história e não apenas olhando por um viés. Não descarto que houve excessos do nosso lado durante este período. Mas e os militares que foram mortos em serviço? Houve militar morto a coronhadas surpreendido pelos terroristas – disse Pimentel.

O conteúdo do relatório surpreendeu e irritou militares que integram o clube. Em artigo no site da associação, o general Marco Antonio Felício da Silva diz que o documento é uma “retaliação à memória dos generais que presidiram o país e são citados no relatório”. Afirma, ainda, que o documento atinge “militares que se sacrificaram para que bandidos não transformassem o Brasil em uma grande Cuba”.

A Comissão da Verdade citou no documento os presidentes militares Humberto Castello Branco, Arthur da Costa e Silva, Emílio Médici, Ernesto Geisel, João Batista Figueiredo e os integrantes da Junta Militar que substituiu Castello Branco: o general Aurélio de Lyra Tavares, o almirante Augusto Rademaker e o marechal do ar Márcio de Souza e Mello.

General da reserva, Gilberto Pimentel comentou que a Comissão da Verdade está “contaminada”, o que tira a imparcialidade do trabalho.

– A presidente recebeu um relatório extremamente pretensioso em que a comissão opina sobre tudo. Até sobre a Lei de Anistia – afirmou.

O Clube Militar reúne 16 mil associados entre militares da ativa, da reserva e civis, ligados às três Forças: Exército, Marinha e Aeronáutica.



G1 10/12/2014 18h02

Clube Militar vê coleção de 'calúnias' em relatório da Comissão da Verdade. Texto responsabiliza 377 por crimes na ditadura, a maioria militares. Em nota, general aponta 'absurdo' chama opositores de 'angelicais terroristas'.

Lucas Salomão Do G1, em Brasília




O Clube Militar, formado por militares da reserva, chamou de "absurdo" o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, classificado em nota divulgada pela entidade como "uma coleção de meias verdades, calúnias e mentiras inteiras, embaladas com pedaços de verdade".

O relatório foi entregue nesta quarta-feira (10) à presidente Dilma Rousseff. Para a entidade, o documento é uma "peça requentada porque só confirma bandeiras preexistentes na esquerda brasileira".


Em nota divulgada na tarde desta quarta, o presidente do Clube, general Gilberto Rodrigues PimenteL, afirma que o relatório da CNV é uma coleção de "meias verdades, calúnias e mentiras inteiras, embaladas com pedaços de verdade". Para Pimentel, a divulgação do texto só confirma a "orientação socialista" dos membros da comissão. O general também classifica a Comissão da Verdade de "risível" e "parcial" (veja íntegra da nota ao final da reportagem).

"Das suas 29 recomendações, várias miram diretamente as Forças Armadas, como agentes do Estado. Nenhuma faz referência à ação dos terroristas, guerrilheiros, sequestradores e assassinos esquerdistas que tentavam tomar o poder à força e estabelecer no País um governo totalitário comunista de modelo soviético, chinês ou cubano", diz trecho da nota.

"O ódio e o desejo de vingança são tão grandes que um absurdo desses é assinado por advogados, juristas e professores universitários. Tudo em nome da causa socialista. É peça requentada porque só confirma bandeiras preexistentes na esquerda brasileira", continua.

A nota também afirma que a CNV foi criada para "alterar a Lei de Anistia parcialmente" para punir os agentes do Estado que "combateram e venceram as tentativas comunistas de tomada do poder no Brasil".

Veja íntegra da nota divulgada pelo Clube Militar:

RELATÓRIO REQUENTADO

A espúria Comissão Nacional da Verdade emitiu, finalmente, seu relatório.

Tratando-se de entidade que alterou a seu bel-prazer sua missão, o objeto da lei e o prazo em que ocorreram os fatos a investigar, tudo através de decisões internas, legislando em causa própria sem que os poderes desrespeitados reagissem, perdeu, na origem, a imparcialidade que devia orientar seus trabalhos e, consequentemente, sua credibilidade.

A finalidade da CNV, desde sua concepção, sempre foi uma só: alterar a Lei de Anistia parcialmente, de maneira que os agentes do Estado, que combateram e venceram as tentativas comunistas de tomada do poder no Brasil, não sejam protegidos pela dita Lei. Quanto aos angelicais terroristas, merecem toda a proteção e indenizações criadas ou a criar.

O relatório só poderia ser uma coleção de meias verdades, calúnias e mentiras inteiras, embaladas com pedaços de verdade cuja divulgação confirme a orientação socialista dos comissários.

Das suas 29 recomendações, várias miram diretamente as Forças Armadas, como agentes do Estado. Nenhuma faz referência à ação dos terroristas, guerrilheiros, sequestradores e assassinos esquerdistas que tentavam tomar o poder à força e estabelecer no País um governo totalitário comunista de modelo soviético, chinês ou cubano.

Entre as medidas sugeridas, destacam-se:

- o reconhecimento, pelas Forças Armadas, de sua responsabilidade pela ocorrência de graves violações de direitos humanos;
- responsabilidade jurídica – criminal, civil e administrativa – dos agentes públicos envolvidos no combate à guerrilha, deixando de aplicar, em relação aos mesmos,a Lei da Anistia e quaisquer outras disposições constitucionais ou legais que possam beneficiá-los!!! – ou seja, não podem invocar a lei vigente em seu benefício;
- proibição de realização de eventos oficiais em comemoração ao Movimento de 1964;
- reformulação dos concursos de ingresso e dos processos de avaliação contínua das Forças Armadas;
- modificação dos currículos das academias militares, para promoção da democracia e dos direitos humanos (por acaso os atuais são contrários a isso?);
- revogação da Lei de Segurança Nacional;
- desmilitarização das polícias militares estaduais;
- extinção da Justiça Militar estadual;
- exclusão de civis da jurisdição da Justiça Militar federal;
- criação de órgão permanente para dar prosseguimento aos trabalhos da CNV (ou seja, eternizar a CNV);
- prosseguimento e fortalecimento da política de localização e abertura dos arquivos da ditadura militar.

Três volumes e mais de duas mil páginas: um relatório que não apresenta grandes novidades e, em suas recomendações, insiste na adoção de medidas que implicam a retroação de leis para prejudicar o pretenso réu, a subordinação do ordenamento jurídico nacional às decisões de agências internacionais, e a absurda sugestão de que aos acusados não sejam aplicados a Lei da Anistia ou quaisquer outras disposições constitucionais ou legais que possam beneficiá-los.

Que espécie de proposta é essa, que nega o amparo da lei ao acusado, transformando-o em cidadão de segunda classe, ou selecionando a priori quais as leis que o mesmo pode invocar em sua defesa?

O ódio e o desejo de vingança são tão grandes que um absurdo desses é assinado por advogados, juristas e professores universitários. Tudo em nome da causa socialista.

É peça requentada porque só confirma bandeiras preexistentes na esquerda brasileira.

O relatório é tão risível e parcial quanto a CNV.

Gen Gilberto Rodrigues Pimentel – Presidente do Clube Militar



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