A UTILIDADE DO CONSELHÃO
Justiça

A UTILIDADE DO CONSELHÃO


EDITORIAL ZERO HORA, 21/05/2011


Às vésperas do prazo previsto para o encaminhamento à Assembleia Legislativa, pelo Palácio Piratini, do pacote de reformas do setor público, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social deixa sérias dúvidas sobre sua utilidade para a sociedade gaúcha. A câmara temática encarregada de analisar as mudanças na previdência estadual, por exemplo, dividiu-se em relação às alternativas em estudo com o objetivo de equilibrar o sistema. Por mais que seja difícil imaginar consenso ou acordo num debate de até 90 representantes da sociedade, o resultado relacionado a uma questão-chave como a previdenciária só pode ser considerado frustrante.

O descompasso entre as contribuições e os valores pagos hoje a servidores na inatividade é uma das questões que mais pesam no desequilíbrio orçamentário do setor público gaúcho. Em 2009, a diferença entre os valores desembolsados pelo funcionalismo para o sistema e os pagos pelo governo aos aposentados fez com que o Estado tivesse que desembolsar R$ 4,5 bilhões. É dinheiro que, se o sistema operasse em equilíbrio, poderia ser destinado a áreas carentes, como saúde e educação.

Se os conselheiros não conseguem se dar conta disso, os contribuintes têm razões para se questionar até que ponto devem esperar deles uma contribuição significativa para o bem comum. Mesmo em relação a outras questões relevantes do projeto de mudanças, falta maior clareza entre integrantes do Comitê Gestor do chamado Conselhão. É o caso, por exemplo, da criação de novas taxas, como a ambiental e a de inspeção veicular.

Mecanismos de participação popular podem contribuir para facilitar o trabalho dos representantes da sociedade na Assembleia, que dará a palavra final sobre as propostas. Mas, para isso, precisam discernir com clareza o que constitui mera visão pessoal ou corporativa de uma questão e o que realmente pode contribuir para o bem comum.


ROSANE DE OLIVEIRA, PAGINA 10 - Debates à exaustão

Se o sucesso do governo Tarso Genro for diretamente proporcional ao número de grupos de trabalho e câmaras temáticas, será um espetáculo. Mais cinco dessas câmaras serão instaladas até 15 de junho. Ontem, foi formalizada a que tratará de Polo Naval, Petróleo e Gás Energético. As outras são Comunicação e Cultura, Economias do Campo, Políticas de Proteção Social e Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico.



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