PROTESTO, ATAQUE E CONFRONTO NO CENTRO DE PORTO ALEGRE
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PROTESTO, ATAQUE E CONFRONTO NO CENTRO DE PORTO ALEGRE





Protesto ocorreu na noite de quinta-feira, no Largo Glênio Peres, no centro da Capital Foto: Bruno Alencastro / Agencia RBS


ZERO HORA - 04/10/2012 | 23h45. Atualizada em 05/10/2012 | 02h24

Protesto na Capital termina em confronto com a polícia e ataque a mascote da Copa. Grupo entrou em confronto com aproximadamente 80 PMs no Largo Glênio Peres, no Centro

Letícia Costa

Manifestantes atacaram o boneco inflável do mascote da Copa do Mundo de 2014 que está no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, na noite de quinta-feira. Por volta das 23h20min, cerca de cem pessoas derrubaram as grades de proteção em torno do Tatu-Bola e colocaram no chão o símbolo do Mundial do Brasil.

O grupo entrou em confronto com policiais militares do Pelotão de Operações Especiais (POE) do 9º Batalhão de Polícia Militar (Centro). Os PMs usaram cassetetes, bombas de efeito moral e balas de borracha para pôr fim ao protesto. Pelo menos 20 viaturas da Brigada Militar e cerca de 80 PMs foram mobilizados para conter os manifestantes. O confronto durou cerca de 20 minutos.

Ao menos seis pessoas foram presas por delitos como lesão corporal, danos ao patrimônio público e vandalismo. No tumulto, seis policiais ficaram feridos. De acordo com o comandante do Pelotão de Operações Especiais (POE) do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente Jorge Luiz Santos Vargas, um dos policiais que estava com capacete levou oito pontos em corte na cabeça e outro teve o braço quebrado.Alguns manifestantes também ficaram feridos. Apesar de ter se identificado, o repórter fotográfico de ZH Bruno Alencastro foi agredido no ombro por um policial e teve um filtro da câmera quebrado.

Grupo integrava protesto em frente à prefeitura

Os manifestantes integravam um grupo que estava reunido na Praça Montevidéu, em frente à prefeitura, para um ato denominado “Defesa Pública da Alegria”. Organizado via rede social, o movimento crítica a privatização de locais públicos e o governo do prefeito José Fortunati.

— Eles estavam provocando os policiais na manifestação na Praça Montevidéu. A BM ficou de fora, só observando. Eles arrancaram os gradis e começaram a derrubar o mascote. Foi uma atitude de afronta — afirmou o capitão da BM Euclides Neto, comandante da 1ª Companhia do 9º BPM.

Na confusão, o para-brisa de uma viatura da BM foi quebrado. O capitão relatou que alguns manifestantes apresentavam sinais de embriaguez. Pessoas que participaram do ato reclamaram da ação ostensiva da Brigada para reprimir o protesto.

— A ideia era só fazer uma ciranda ao redor do mascote — disse a jornalista Anelise De Carli, 22 anos, uma das manifestantes.



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