Justiça
UPP. Polícia ocupa o Morro da Mangueira para instalação de UPP - Taís Mendes ([email protected]), João Paulo Gondim ([email protected]); O Globo, G1 e CBN. 19/06/2011 às 09h27m.
RIO - Sem disparar um tiro, 750 policiais civis , militares, federais e fuzileiros navais, participam desde 6h da operação para instalação da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), no Morro da Mangueira, Zona Norte do Rio. Não há informações sobre confrontos na região. O Bope entrou na favela pela localidade conhecida como Buraco Quente, onde funcionava uma boca de fumo. Cerca de 50 gramas de pasta de cocaína foram achadas por cães na telha de uma casa, na localidade conhecida como Chalé.
A ação é coordenada pela Secretaria de Segurança, pela Polícia Militar e pela Polícia Civil, com apoio da Marinha do Brasil (Corpo de Fuzileiros Navais), da Polícia Federal, do Corpo de Bombeiros, da Defensoria Pública do estado e da Prefeitura do Rio. Exército e Força Aérea Brasileira também apoiam a operação. A chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, já esteve no local, acompanhada do subchefe operacional, delegado Fernando Veloso, mas não deu entrevistas.
Seis blindados da Marinha entraram no local. Helicópteros, caminhões, motos, reboques, ônibus e ambulâncias também foram mobilizados para a operação. Neste momento, cerca de 120 policiais do Bope inspecionam as ruas da comunidade, munidos de rádios com GPS. A movimentação dos agentes é acompanhada, perto dali, num centro de operações montado na 111ª Cia. de Apoio de Material Bélico, onde onde está o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. Um centro de triagem também foi montado na Escola Adolfo Bloch, nas proximidades.
Enquanto as equipes vasculham o morro, nem mesmo moradores podem entrar na favela. O trânsito na Avenida Visconde de Niterói e no viaduto de acesso está interditado. Algumas lojas do comércio local abriram normalmente.
Segundo o G1, a quadra da Mangueira foi alugada para uma festa em comemoração aos 50 anos de uma moradora, que acontecerá ainda neste domingo.
No alto da Mangueira, na localidade conhecida como Caixa D'água, uma bandeira do Brasil será instalada. Os planos da Secretaria de Segurança preveem ainda a ocupação das comunidades Morro dos Telégrafos, Candelária e Tuiuti. Quando inaugurada, a 18ª UPP fechará um conjunto de favelas que compreende todo o Complexo da Tijuca.
Homens da Corregedoria da PM e da Defensoria Pública participam da operação para atender a população em caso de queixas. Bombeiros e médicos estão de prontidão caso haja necessidade de atender feridos.
Serviços Públicos realizam operações paralelas na Mangueira
A ocupação policial na Mangueira já abriu caminho para outros serviços públicos. Equipes da Vigilância Sanitária iniciarão ainda neste domingo a fiscalização do comércio. Agentes da Secretaria de Obras do município também estão no morro para demolir construções irregulares.
Carros reboques da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Automoveis estão percorrendo a comunidade para apreender veículos roubados, enquanto agentes da Polinter estão com computadores nos carros para verificação de antecedentes criminais de suspeitos. Não há informações sobre detidos.
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Justiça
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