Justiça
O Fim da Política do Cafezinho!
Em 2013, ano da eleição do SINJUSC, difundiu-se pela categoria que os avanços econômicos na pauta dos trabalhadores não aconteciam pela falta da capacidade de negociar por parte da direção do sindicato. Que modernas técnicas de negociação fariam acontecer incrementos financeiros em rápido prazo e que apresentar-se com terno, gravata e levando caixas de maçãs para o Presidente do Tribunal de Justiça estariam resolvidos todos os nossos problemas. Eu também gostaria que fosse assim tão fácil. Ao cabo de menos de um ano e meio a “política do cafezinho” nada mais fez angariar retrocessos, mas a categoria não aceita calada.
A exigência de assembleias em Florianópolis e com o indicativo de greve na pauta da assembleia foram exigências da base do nosso sindicato. Claro, não foi fácil fazer avançar esta pauta. Quase na metade da gestão é que a diretoria, depois do xingamento de alguns e sob muita pressão, cedeu “os anéis para não perder os dedos” e fez uma assembleia em Florianópolis. O indicativo de greve só foi conquistado após uma grande briga dentro do Comando de Greve, onde a Diretoria se colocava contrária a inclusão deste item na pauta e os escolhidos na Assembleia de Lages faziam a defesa do interesse da categoria.
Da mesma forma observamos nos documentos enviados aos CNJ o objetivo de tentar protelar ao máximo a deliberação da categoria. “Evitar a greve a qualquer custo” não é uma frase de quem defende os interesses dos trabalhadores. Querer “conceder tempo para o Tribunal de Justiça” também não foi aceito na Assembleia de Lages. E tratar parte da categoria como um “bando de revoltosos” é desmerecer todos os trabalhadores do judiciário catarinense, e não apenas os mais a esquerda. Adulterar a ata da assembleia de Lages não foi um movimento inteligente, ao contrário, retirar dali a deliberação do indicativo de greve só mostrou para a base o que uma direção irmanada com interesses outros, é capaz.
A realização de uma grande assembleia em Florianópolis não foi o fruto da mobilização de uma diretoria (ao contrário), foi fruto de uma gestão que apesar de legítima e atuando adequadamente com seus propósitos não soube ver que a política do cafezinho não estava dando certo e que a categoria já havia trocado de rumo. A legitimidade de uma diretoria não se dá uma única vez com sua eleição, como se a partir dali todas as suas políticas deveriam ser implementadas e tornarem-se imutáveis, mas ao contrário, se evidencia no dia-a-dia da vivência do sindicato, na dialética que vivemos cotidianamente.
A “Política do Cafezinho” foi rechaçada pela categoria neste momento. Não quer dizer com isto que a categoria quer agressividade, que a categoria quer xingar o Presidente do Tribunal de Justiça, mas que a categoria quer ter o controle do encaminhamento de suas vontades, quer ditar as suas normas e seguir o seu caminho, construído na sua história e nas suas escolhas. A categoria, neste momento, escolheu pela luta, pois dela advém suas vitórias!
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