Justiça
No que votou a categoria em dezembro de 2013?
A categoria votou em dezembro de 2013 pela renovação, pela alternância, por novos sonhos (que são absolutamente necessários), votou na conquista do nível superior para os Técnicos Judiciários Auxiliares, votou pela realização de uma auditoria para saber se havia, como veiculado a boca pequena, doações para partidos políticos e campanhas eleitorais, votou por mais publicidade das contas do sindicato, com publicação mensal dos balancetes da entidade, votou por mais democracia, votou por mais encontros com os trabalhadores, votou por tudo aquilo que todos nós gostaríamos que acontecesse numa entidade sindical.
A categoria queria a evolução do seu sindicato, queria vê-lo melhor, maior, mais bem representado, mais qualificado, mais dinâmico, mais bem relacionado, que observasse algumas carências que existiam anteriormente e que fossem ajustadas no curso da gestão, que as pautas menores fossem também atendidas da mesma forma que pautas mais gerais. Queria uma inovação que se apresentasse e desse “conta do recado”, com classe e bons argumentos. Todos nós queríamos isto.
Da proposta até a sua execução, contudo, há uma grande lacuna. E para preencher esta lacuna há que suar muito. Fazer muitas conversas, escutar, anotar proposições, debater com os colegas, escutar a experiência, olhar o histórico de nossa instituição e nossa categoria para poder, com muita calma, navegar por este mar que existe entre o que queremos e o que conseguiremos fazer.
A categoria votou:
1 – Pela renovação e alternância;
2 – Pela auditoria das contas e saber se havia realmente doações para campanhas e partidos;
3 – Pelo nível superior dos Técnicos Judiciários Auxiliares;
4 – Pelo ganho da URV;
5 – Pela redução da jornada de trabalho;
6 – Pela publicidade mensal dos balancetes da entidade;
7 – Pelo auxílio-saúde no mesmo valor do auxílio-alimentação;
8 – Pela “não submissão” e sim pela construção de uma relação com mais diálogo com o TJ.
Com a divergência na alternância (pelo óbvio) todos nós, trabalhadores do judiciário, concordamos com esta pauta que foi apresentada pela Chapa 2, atual gestora do SINJUSC. E da nossa forma tentamos construir a mesma pauta nos últimos 15 anos. Contudo, há uma dificuldade muito grande em conseguir fazer avançar a pauta da classe trabalhadora, principalmente quando alguns negociam pelas costas da categoria como algumas associações fizeram. Acredito que ficou claro aos amigos nestes 14 meses de nova gestão sindical (em junho chegaremos na metade da gestão) que o diálogo sempre foi pauta dos trabalhadores, enquanto o Tribunal de Justiça é quem aparece como o “surdo-mudo” no processo negocial.
A sintonia entre o discurso e a prática é algo difícil de ser feito, mas precisa ser feito dentro de todas as possibilidades. Não precisamos de um sindicato que apenas ingresse com ações judiciais, não precisamos apenas de um sindicato para fazer pedidos administrativos, não precisamos de um sindicato que faça apenas o mínimo necessário. Precisamos de um sindicato que organize os trabalhadores, que os deixe informados de tudo o que acontece, que seja permeável e aceite críticas e que permita a base participar das reuniões de negociação (como feito até 2013), precisamos que se cumpra aquilo que foi prometido para a categoria nos momentos pré-eleitorais, pois promessas são fáceis de serem feitas nestes momentos, contudo, cumpri-las é sempre mais difícil.
Cláudio Del Prá Netto
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