MAPA DA VIOLÊNCIA – HOMICÍDIOS DE MULHERES NO BRASIL
Justiça

MAPA DA VIOLÊNCIA – HOMICÍDIOS DE MULHERES NO BRASIL


Imagem do site aplbmunicipal.org.br
          Na semana de mobilização do Dia Internacional da Mulher consideramos oportuno divulgar as principais informações apresentadas pela importante pesquisa denominada Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil, realizada conjuntamente pela Faculdade Latino-Americana de Estudos Sociais (FLACSO), ONU Mulheres, Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). Tal pesquisa foi realizada com base em dados referentes a feminicídios e de violência não letal (violência física, psicológica, sexual) registrada pelo Ministério da Saúde, OMS e IBGE. 

          Os dados mais alarmantes evidenciados pelo Mapa da Violência de 2015 referem-se ao recrudescimento da violência fatal contra mulheres negras, sendo que em 10 anos houve um aumento de 54% dos casos de feminicídio.

          Além disso, denotou-se que o Brasil ocupa a 5ª posição internacional em homicídios de mulheres, entre 83 países do mundo. Só estamos melhor que El Salvador, Colômbia, Guatemala e a Federação Russa, que ostentam taxas superiores às nossas. Mas em relação a países tidos como civilizados, nós temos 48 vezes mais homicídios de mulheres que o Reino Unido; 24 vezes mais homicídios de mulheres que Irlanda ou Dinamarca; 16 vezes mais homicídios de mulheres que Japão ou Escócia.

          Outro fenômeno observado por meio da citada pesquisa diz respeito à interiorização do feminicídio, num processo em que os polos dinâmicos da violência letal se deslocam dos municípios de grande porte para municípios de porte médio. 

          Observa-se de forma contundente por meio desta pesquisa que a maior parte dos homicídios de mulheres ocorrem no âmbito das relações familiares. Parentes imediatos, parceiros ou ex-parceiros são os principais responsáveis pela violência letal e não letal contra mulheres.

          Como conclusões do estudo, destacou-se que o Brasil é o país onde a impunidade ainda persevera. Ao passo que o Reino Unido, a França e os Estados Unidos possuem respectivamente o índice de resolutividade de inquéritos policiais de 90%, 80% e 65%, no Brasil este índice gira em torno de apenas 5% a 8%. 

          O cenário retratado pelo Mapa da Violência de 2015 enseja a necessidade de reconhecimento e superação da naturalização da violência de gênero e da culpabilização da vítima. Paralelo a isso, a qualificação das políticas sociais, judiciais e de segurança para intervir de forma adequada perante situações de violência de gênero, evitando-se a escalada para situações de violência fatal. Este compromisso é do Estado e da sociedade. É um compromisso meu, seu, nosso.

Fernanda Ely Borba - Chapecó



loading...

- 4ª Conferência Nacional De Políticas Para As Mulheres Acontece Sem O Sinjusc
        Lembro bem do Congresso de Balneário Camboriú em 2013. Lá se aprovou na plenário final do Congresso a Tese que indicava a promoção e a participação efetiva do SINJUSC nas discussões de gênero. No período de 10...

- Obrigado às Mulheres Que Construíram Uma Semana Especial
   Imagem do site wp.clicrbs.com.br      Parabéns para todas as amigas que construíram o blog nesta semana. Queria agradecer em especial a Michele Bauer Fey, a Cátia Ana Senfrin, a Fernanda Ely Borba, Soraia Joselita Depin,...

- Eu Nasci Para Ser Mulher, Não Para Ser...
Imagem do site www.jornaldamanchete.com.br          Eu nasci em março, coincidência? Talvez, mas acredito que não, nasci neste mês onde muitas mulheres sofreram e para eu poder lembrar sempre, além de meu aniversario lembrar...

- Mulheres
     Imagem do site www.aeradoespirito.com    Recebi, nesta semana, um convite do meu amigo Cláudio para escrever em seu blog. O tema, segundo ele, sobre MULHERES, para dizer “coisas só de mulher”. Pois bem, aceitei o desafio...

- Pelo Fim Da ViolÊncia Contra A Mulher
Márcia Santana, Secretária de Políticas para Mulheres/RS - JORNAL DO COMERCIO, 28/11/2011 A celebração do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, no dia 25 de novembro, deve estar ancorada em uma plataforma de reflexões...



Justiça








.