Justiça
JUSTIÇA LIBERTA MUTILADOR E AGRESSOR DE PAI E FILHO CONFUNDIDOS COM GAYS
Justiça nega pedido de prisão e agressor de pai e filho confundidos com gays é liberado - O GLOBO, 19/07/2011 às 22h01m. EPTV, Jornal Nacional
SÃO PAULO - A Justiça negou, nesta terça-feira, o pedido de prisão temporária de um dos homens envolvidos no caso de agressão a um pai e um filho, que foram confundidos com um casal gay, em São João da Boa Vista, a 225 km de São Paulo. O agressor, um serralheiro de 25 anos que não teve a identidade divulgada, tinha sido detido durante a tarde e confessou a participação no crime.
O juiz Heitor Siqueira Pinheiro disse que uma lei de 1989 não autoriza a prisão temporária para o crime de lesão corporal. O rapaz já foi liberado. Outro suspeito foi identificado e está sendo procurado.
Um simples gesto de afeto entre pai e filho motivou o espancamento. Os dois estavam abraçados quando foram cercados por sete homens, na madrugada da última sexta-feira, na Exposição Agropecuária Industrial e Comercial (EAPIC).
Passou um grupo perguntando se a gente era gay. Eu falei que não. Falei que, como nós vamos ser gays se somos pai e filho. Aí os caras ficaram bravos: 'não, vocês são gays, vocês são gays'.
- Passou um grupo perguntando se a gente era gay. Eu falei que não. Falei que, como nós vamos ser gays se somos pai e filho. Aí os caras ficaram bravos: 'não, vocês são gays, vocês são gays' - relatou o autônomo de 42 anos, que é de Vargem Grande do Sul e teve parte da orelha decepada.
Passou um grupo perguntando se a gente era gay. Eu falei que não. Falei que, como nós vamos ser gays se somos pai e filho. Aí os caras ficaram bravos: 'não, vocês são gays, vocês são gays'.
O grupo foi embora, mas voltou logo depois. Eles foram abordados novamente com violência, recebendo chutes e socos. O filho teve ferimentos leves e o pai foi espancado.
- Quando eu começei a acordar, escutei gritar: ele está sem orelha, ele está sem orelha - disse.
A organização da festa informou que todas as exigências de segurança foram cumpridas e explicou que no local havia 150 seguranças, além da Polícia Militar. Disse também que vai colaborar com a polícia para a identificação de todos os agressores.
Uma vendedora ambulante que trabalhava na barraca onde aconteceu a agressão foi uma das testemunhas ouvidas pela Polícia Civil nesta terça-feira. A mulher, que preferiu não se identificar, falou sobre a violência que viu na semana passada.
- O cara estava em cima dele, parecia que queria matar - disse.
O autônomo também foi até a delegacia para tentar reconhecer um dos agressores. O suspeito teria sido identificado com a ajuda das câmeras do circuito de segurança do recinto da festa. Apesar disso, a vítima não soube dizer se o suspeito fazia parte do grupo.
- Eu cai na hora e não tenho como identificar - afirmou.
O filho dele de 18 anos, que teve ferimentos leves, voltou para São Paulo, onde mora e estuda. O rapaz está com medo. A namorada dele, que acompanhava os dois e estava no banheiro no momento da agressão, ficou indignada com tanta violência.
Um grupo da cidade que defende a diversidade sexual considera que a agressão está relacionada à Parada Gay, que será realizada no próximo domingo.
A homofobia, que é a aversão a homossexuais, ainda não consta como crime no Código Penal brasileiro, mas, além da agressão, os jovens também podem responder por discriminação.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - E depois não querem que a onda de criminalidade e violência aumente no Brasil e preferem culpa a polícia pela insegurança pública. Urge a sociedade organizada deste país acordar para exigir um novo sistema judicial, menos burocrata, mais ágil, próximo e coativo. Esta na hora de exigir plantões judiciais para realizarem audiências imediatas, ouvindo de pronto as partes envolvidos e sentindo o calor dos fatos para decidir com mais justiça e imparcialidade, ao invés de se restringir a papelada.
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