Justiça
JUIZ INTEGRO É O QUE NÃO SE VENDE POR UM TOSTÃO, NEM POR UM BILHÃO
ZERO HORA 28 de abril de 2014 | N° 17777
PAULO SANT’ANA
Juiz íntegro é o que não se vende nem por um tostão (leia-se a mínima conveniência) nem por um bilhão.
Juiz íntegro é o que não se deixa levar por quaisquer pressões e atende apenas a sua consciência, não soçobrando qualquer interesse das partes, conduzindo-se por um cordial equilíbrio no atendimento aos litigantes, atendendo aos fatos e à justiça que devem presidir a sua decisão.
Juiz íntegro é o que não dá atenção aos cochichos e prende-se apenas ao processo e seu mérito e é escravo da lógica e do bom senso.
Juiz justo é o que não prejulga, só julga, estando cônscio de que as partes e a ordem social esperam dele absoluta isenção.
Sendo assim, todos acatarão a decisão, e nenhuma dúvida se terá sobre a mais absoluta imparcialidade dela.
*
A instituição mais importante da cidadania é a Justiça. Tudo que os cidadãos devem esperar da Justiça é a imparcialidade. Devem ter a tranquilidade de que, quando seus pleitos e o julgamento de seus atos forem julgados pela Justiça, terão por parte dela a mais absoluta isenção, mesmo até que sejam desfavorecidos pelas sentenças.
*
De tal sorte, é necessário e fundamental que os cidadãos repousem na serenidade de que, se forem alvos da Justiça, receberão dela equanimidade.
Não pode haver maior mal do que a cidadania não confiar na Justiça, isso só já bastará para que seja instalada na sociedade uma inquietação que acabará produzindo injustiça e malversação dos direitos.
*
Ao contrário, se a Justiça produzir com constância justiça, a sociedade se recolherá a uma consciência de cumprimento das leis estabelecidas, fidelidade às normas do Direito e respeito aos direitos e deveres de cada um por todos.
-
O juiz tem, portanto, um mandato divino. Só a ele é concedido arbitrar sobre as razões humanas, só ele pode dirimir conflitos dando razão a alguém e tirando a razão de alguém, não há tarefa mais difícil, mas também, quando bem exercida, mais sublime entre todas as tarefas.
Eu não queria ser juiz pelo excesso de responsabilidade. Mas, por outra parte, desejaria ser juiz para poder me esforçar para julgar melhor do que outro que estivesse em meu lugar.
loading...
-
Declarar Suspeito Se For Amigo Íntimo
ENTREVISTA. “O juiz deve se declarar suspeito se for amigo íntimo” Tânia Rangel, professora da FGV Direito Rio Professora do Centro de Justiça e Sociedade da FGV Direito Rio, Tânia Rangel elenca, a pedido de ZH, as hipóteses que podem tirar...
-
Cultura Da "petiÇÃo" DestrÓi A Imparcialidade
FOLHA.COM 17/07/2012 - 06h15 Análise: Cultura da 'petição' destrói a imparcialidade do Judiciário JOAQUIM FALCÃO ESPECIAL PARA A FOLHA É claro que desembargador não pode julgar casos onde ele tenha interesse pessoal. É claro também que...
-
FÉrias Dos JuÍzes
Jaime Luiz Vicari, juiz de direito - POLÍBIO BRAGA ONLINE. 27/02/2012 Sou natural do Rio Grande do Sul, mas vivo em Santa Catarina há mais de 30 anos, atualmente em Florianópolis. Sempre que possível gosto de acompanhar o noticiário e os temas em...
-
A Agenda Do Magistrado
A poucos anos de encerrar carreira na magistratura, começo a pensar em deixar testemunhos, se é que a alguém possam interessar. O primeiro deles é o de que a pauta do juiz é antes uma lista de "não posso" do que uma agenda de "posso", ou seja,...
-
Os JuÍzes
PAULO SANT’ANA - Os juízes - 31/10/2010, Zero Hora, 31/10/2010. (...) Existe um magnetismo entre mim e a magistratura. Deve ser porque em meus escritos abundam respeitosas reverências que faço aos homens e mulheres que têm a tarefa de julgar...
Justiça