Justiça
INFORMAÇÕES FALSAS - PUBLICITÁRIO É CONDENADO A 6 ANOS DE PRISÃO
Justiça condena Marcos Valério, réu do mensalão, a 6 anos de prisão. Publicitário foi punido por prestar informações falsas ao Banco Central sobre operações financeiras de sua empresa; o caso é anterior ao suposto esquema de compra de apoio político - 14 de setembro de 2011 | 19h 54 - Aline Reskalla, especial para O Estado de S.Paulo
BELO HORIZONTE - O publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza foi condenado a seis anos de prisão pela Justiça Federal de Minas Gerais por prestar informações falsas ao Banco Central sobre operações financeiras de sua empresa, a SMP&B Comunicações, realizadas entre 1998 e 1999. O então sócio de Valério na agência de publicidade, Cristiano de Mello Paz, foi condenado a quatro anos de prisão. Eles já recorreram da sentença, proferida no dia 31 de agosto de 2011, e poderão aguardar o julgamento do recurso em liberdade.
O caso é anterior ao suposto esquema de compra de apoio político conhecido como Mensalão, que foi denunciado em 2005 e ainda tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Para justificar depósitos que permitiram à SMP&B quitar um empréstimo de R$ 7 milhões tomado junto ao Banco Rural e não levantar suspeitas no Banco Central, os acusados alteraram o capital da empresa de R$ 150 mil para R$ 4,5 milhões. Ao checar as informações repassadas pela agência, a autoridade monetária descobriu que, na Junta Comercial de Minas Gerais, o capital social da SMP&B na realidade havia passado de R$ 150 mil para R$ 600 mil, valor incompatível com o pagamento efetuado.
Em suas alegações, o juiz da Quarta Vara Federal de Minas Gerais Leonardo Augusto de Almeida Aguiar afirma que a materialidade do delito está suficientemente comprovada pela divergência dos documentos apresentados pelos acusados. Almeida Aguiar destaca na sentença que não há nos autos documentos de alteração de capital que mencionem a quantia de R$ 4,5 milhões, o que "demonstra, na verdade, que tal aumento de capital nunca ocorreu".
O juiz afirma ainda que a maquiagem das informações financeiras retardou a descoberta pelo Banco Central do esquema de evasão de divisas, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro nas empresas de Marcos Valério. "A conduta dos réus fez com que autoridades ficassem ao largo do esquema, permitindo a seus operadores atuar com grande liberdade e fora de foco de qualquer investigação".
loading...
-
Stf Manda MensalÃo Tucano À Primeira InstÂncia
27/03/2014 19h42 Por 8 votos a 1, Supremo decide que processo contra Eduardo Azeredo deverá ser julgado na Justiça de Minas. Apenas Joaquim Barbosa votou contra REDAÇÃO ÉPOCA, COM ESTADÃO CONTEÚDO E AGÊNCIA BRASIL O ex-deputado Eduardo Azeredo...
-
Morosidade Beneficia RÉu Do MensalÃo Tucano
ZERO HORA 22 de janeiro de 2014 | N° 17681 SEM PUNIÇÃO Prescrição beneficia réu do mensalão do PSDB Passados quatro anos da aceitação da denúncia do mensalão do PSDB, a Justiça de Minas confirmou a prescrição das acusações contra o...
-
Morosidade Deixa Impune Mentor Do MensalÃo Mineiro
REVISTA ISTO É N° Edição: 2244 | 09.Nov.12 - 21:00 | Atualizado em 11.Nov.12 - 11:31 Parabéns, Walfrido! Apontado pelo Ministério Publico como um dos mentores do mensalão mineiro, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia completará 70 anos e tem...
-
ConvergÊncia No Supremo
29 de agosto de 2012 | 3h 07 OPINIÃO O Estado de S.Paulo Começou a tomar forma, na sessão da segunda-feira do Supremo Tribunal Federal (STF), a convicção que tende a prevalecer no julgamento dos 37 acusados de participar do "mais atrevido e escandaloso...
-
MensalÃo: DecisÃo Do Tcu É Trunfo
ZERO HORA 27 de julho de 2012 | N° 17143 O MENSALÃO Decisão do TCU é trunfo de Valério. Advogados do publicitário encaminharam papéis que atestam legalidade de contratos com bancos Uma semana antes do início do julgamento do mensalão no...
Justiça