A INTELIGÊNCIA POR TRÁS DA GUERRA
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A INTELIGÊNCIA POR TRÁS DA GUERRA



A inteligência por trás da guerra - RODRIGO MÜZELL | ENVIADO ESPECIAL/RIO, Zero Hora, 30/11/2010

Forças Armadas e polícias traçam rumos da batalha em unidade improvisada
Não foram apenas os 2,7 mil agentes os responsáveis pela ocupação, em apenas uma hora, do Complexo do Alemão, um dos principais redutos do tráfico no Rio. Coordenar as forças reunidas para dar resposta aos tumultos causados na cidade pelo tráfico semana passada foi fundamental para o sucesso.

No Centro de Controle e Comando (CCC) montado no 16º Batalhão de Polícia Militar, em Olaria, comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica e policiais civis, militares e federais trabalham juntos desde que a decisão de invadir o complexo foi tomada, na sexta-feira, quando a presença da Vila Cruzeiro foi consolidada.

– Não há a necessidade de um comandante só para essa unidade: todos os presentes aqui têm autoridade para tomar qualquer decisão – explicou o relações públicas da PM, coronel Lima Castro.

À primeira vista, a estrutura impressiona pela simplicidade e quase informalidade. São usados um salão anexo ao batalhão e um micro-ônibus do Bope para reunir cerca de duas dezenas de profissionais que analisam imagens aéreas, informações passadas por agentes e vindas do disque-denúncia.

No micro-ônibus do Bope, quatro computadores com acesso à internet montaram os mapas para orientar as tropas que fecharam a saída do morro pelo matagal que, dias antes, fora usado pelos traficantes em fuga da Vila Cruzeiro. Depois da ocupação, eles são fundamentais para organizar a revista nas favelas. Cinco homens se revezam sem parar desde a semana passada no ônibus.

– A gente analisa até carta de vagabundo que encontramos nas casas – conta um capitão do Bope.

ANTES DA INVASÃO - Helicópteros da Força Aérea sobrevoavam o local para identificar bandidos e possíveis pontos de tiro dos traficantes nos policiais. Câmeras mostravam, em dois telões, o movimento das avenidas que circulavam o complexo do Alemão.

DURANTE A INVASÃO - Os operadores acompanhavam o andamento de cada blindado e viatura por GPS. Os veículos tinham câmeras de vídeo. Assim, o comando via o que os policiais viam. Pelo ar, a movimentação de fuga dos bandidos era registrada. Pelo rádio com GPS, o comando coordenava o avanço dos policiais e militares.

DESDE A OCUPAÇÃO - A varredura no complexo, atrás de drogas e armas, é planejada a cada dia. Pelo rádio, as forças trocam informações sobre esconderijos.



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